Por Raquel Neves
Todas as espécies de tartarugas marinhas (conhecidas como tartaruga verde, cabeçuda, de couro, de pente e oliva) encontradas no Brasil estão ameaçadas de extinção, baseado em critérios da lista brasileira e mundial de espécies ameaçadas. Dentre as ameaças naturais enfrentadas pelas tartarugas que vão desde a fase de ovo (normalmente depositado no litoral, mas estes também são depositados em ilhas oceânicas) até a vida adulta – de cada mil filhotes que nascem somente um ou dois conseguem atingir a maturidade; ainda existem ameaçadas associadas aos impactos do homem.
Uma das causas de morte de tartarugas marinhas está associada diretamente aos maus hábitos humanos e ao desordenamento da ocupação do litoral: a ingestão de lixo (TAMAR).
As tartarugas apresentam hábitos alimentares preferenciais, mas são oportunistas se alimentando de presas de fácil captura e por isso acabam ingerindo lixo acidentalmente. Dentre os itens estão sacos plásticos, pedaços de embalagens, lonas, linhas de pesca e outras coisas que não são mais úteis aos humanos e são jogadas em qualquer lugar.
Além do centro de reabilitação e recuperação de tartarugas marinhas do projeto TAMAR (em bases espalhadas pelo litoral brasileiro), existe também o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da FURG (Rio Grande/ RS). Este último relata que 99% das tartarugas que chegam ao centro são vítimas de ingestão de lixo.
Como podemos ajudar as tartarugas marinhas?
Além de incentivarmos e apoiarmos projetos de proteção das tartarugas, podemos também atuar fazendo a nossa parte e jogando o lixo no seu devido lugar. Priorizando sempre o reaproveitamento e reciclagem de material como plásticos, vidro, papel e papelão. E ainda, a conscientizando as pessoas quanto aos riscos de se jogar lixo em praias e nas ruas, já que esse pode chegar ao ambiente marinho por escoamento de água da chuva em rios e lagoas que se ligam ao mar.
Projeto Tamar: http://www.tamar.org.br/
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